Policiais de diversos Estados do Brasil anunciaram que participarão dos protestos a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) marcados para 7 de Setembro, Dia da Independência. Governos estaduais e secretarias de segurança se preparam para fazer um policiamento especial na data, mas especialistas avaliam que a adesão deve ser menor do que a esperada. Apesar do barulho causado pela convocação para os atos, a expectativa de policiais da ativa e da reserva da Polícia Militar ouvidos pela BBC News Brasil é de que a adesão de agentes de segurança, especialmente cabos e soldados, deve ser baixa. FORTE CONVOCAÇÃO – Eles afirmaram, sob a condição de anonimato, que há uma forte movimentação da categoria para uma convocação em massa para o protesto. Mas avaliam que esse número de pessoas presentes nos atos não deve ser tão expressivo porque muitos policiais que se manifestam nas redes sociais não terão disposição para se expor nas ruas em defesa do presidente. “Esses PMs que apoiam o presidente estão vendo um filão nos protestos, pois eles têm a intenção de se candidatar no ano que vem. É óbvio que dentro das instituições há uma identidade e grande apoio ao Bolsonaro. Mas ter uma manifestação massiva de apoio ao governo nas ruas, eu acho isso improvável e um exagero”, afirmou um policial do alto escalão da PM, que pediu para não ser identificado. AVENIDA PAULISTA – Alguns policiais de alta patente e políticos também estão fazendo campanha para que a categoria compareça em peso, especialmente no ato que ocorrerá na avenida Paulista, no centro de São Paulo. Mas alguns deles estão sendo atacados nas redes sociais e até punidos. Policiais ouvidos pela reportagem disseram que as punições foi vista como exemplares para que seus colegas de farda e subordinados não tenham a mesma postura. Porém, em entrevista ao portal UOL, o deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) disse que a categoria alugou ao menos 50 ônibus em cidades do interior paulista para que policiais pudessem se deslocar para participar do ato na capital. SEGURANÇA – A Polícia Militar do Distrito Federal informou que “as ações da PM são pautadas na observância dos direitos humanos e nos princípios constitucionais” e que vai atuar “para garantir a segurança dos manifestantes e a integridade do patrimônio público ou privado”. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que fará um “planejamento prévio, com a participação dos envolvidos, com objetivo de garantir a segurança dos manifestantes e da população em geral”. O monitoramento será feito de maneira integrada entre as forças de segurança e outros 29 órgãos, bem como instituições e agências do governo, com suporte de câmeras de video. Procurada, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo e a Polícia Militar não responderam como será a operação durante o protesto marcado para o feriado. O governo apenas informou que a avenida Paulista deve ser utilizada somente por quem for participar do ato pró-Bolsonaro. A intenção é evitar confrontos com possíveis manifestantes antigoverno.
Ponto de Vista: Em sua grande maioria, acredito que muitos policiais comparecerão sim ao ato do dia 7 mas, em serviço. O sistema não perdoa. Aqueles que se farão presentes, além de aposentados ou não, não serão muitos. Esse apoio aumentou por culpa dos 14 governadores que adotaram posturas estranhas no confronto, inconveniente, com o governo federal. E vai ter repercussão nas próximas eleições. Isso é um fato. O melhor caminho seria se todas as polícias militares do Brasil (especialmente Brasília), conseguissem eleger os seus representantes nas áreas Federal, Estadual e Distrital; porém, acredito que o problema não esteja nos candidatos e sim nos eleitores (pms) que votam mal pra caramba e não pensam no futuro, preferindo ficar em suas zonas de "conforto". Fato é que alguém, em algum lugar, precisa fazer alguma coisa. Só reclamar já não resolve. Por fim, as pessoas não conhecem os malditos regulamentos por trás das Polícias Militares e suas punições.
Drykarretada!