Na tarde de ontem, a GloboNews anunciou que o presidente Jair Bolsonaro pediu a renúncia do general Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa.
Trata-se, a meu ver, de sintoma gravíssimo do que pode acontecer no universo político do país. O que teria motivado a iniciativa do presidente da República que o levou a um gesto de risco, demitindo um general que estava (ou está) à frente de um posto ao qual o Exército, a Marinha e a Aeronáutica estão vinculados e subordinados. Há algo muito tenso no cenário político. Como será recebido o ato de Bolsonaro, sobretudo pelo Exército ?
ENIGMA – O comandante do Exército, Edson Leal Pujol, cujo posicionamento reflete uma posição democrática, transforma-se numa peça chave do enigma. Na atmosfera de Brasília reapresenta-se uma dimensão que aconteceu nos episódios Jânio Quadros, João Goulart e no ato em que o presidente Ernesto Geisel demitiu o general Sílvio Frota do ministério.
Sílvio Frota pressionava para uma solução que não era o projeto de Geisel. O irmão de Ernesto Geisel, Orlando Geisel, era o ministro do Exército. O presidente da República então consolidou João Figueiredo para sucedê-lo no Palácio do Planalto. E pós fim à crise militar. Mas agora os tempos são outros.
Ponto de Vista: Tem algo muito errado no "ar".
Drykarretada!