O governo federal pretende acelerar os leilões em infraestrutura ao longo de 2021. A previsão do Executivo é fazer 129 leilões ao longo deste ano, entre rodovias, ferrovias e terminais portuários e aeroportuários. Com esses leilões, o ministro da Economia, Paulo Guedes, estima que poderá atrair até R$ 371,3 bilhões em investimentos. Na lista dos leilões previstos ao longo do ano, foram citados 20 terminais rodoviários, seis rodovias (entre os quais, trechos da Rodovia Presidente Dutra), três ferrovias, cinco terminais de energia elétrica, além do leilão do 5G.
Males que vem para o bem?
Paulo Guedes aposta que a troca nos comandos da Senado e da Câmara servirão para destravar a agenda liberal. E é com o novo comando das duas Casas Legislativas que o ministro da Economia conta para conseguir impulsionar, entre outros pontos, as reformas tributária, administrativa e fiscal, além de privatizações. Mas antes disso, o ministro terá de lidar com duas outras agendas: a de emergência para enfrentamento da Covid (com pressões para prorrogação do auxílio emergencial, para a renegociação do Pronampe) e para a agenda do pagamento da fatura dos compromissos para eleger os candidatos do governo. E mesmo com Arthur Lira e Rodrigo Pacheco eleitos, nada garante o sucesso da estratégia: a disputa entre o momento político e o econômico é um risco que Guedes deve enfrentar mais tarde entre os aliados do governo.
Drykarretada!