Em meio aos constantes apelos de especialistas para que medidas restritivas sejam retomadas para conter o avanço do contágio pelo novo coronavírus no Estado do Rio, um dos destinos mais disputados por turistas do país e do exterior, que já recebe visitantes para o fim do ano, entrou nesta quinta-feira (17) em lockdown, por ordem da Justiça após alta de casos de Covid-19. Búzios terá que fechar suas portas, por força de uma dura decisão judicial. O balneário da Região dos Lagos assiste a um avanço da pandemia. Na verdade, um disparo da doença já que, em apenas uma semana, foram mais de 400 novos casos na cidade, o que configura crescimento de 3.775%. Mas não é só. O segundo argumento da Justiça é que o coronavírus ameaça muitas vidas no município que não tem sequer um leito de UTI para pacientes com a doença, o que expõe um sistema de saúde frágil para uma Covid-19 que não dá trégua.
Na sentença, o juiz Raphael Baddini de Queiroz, da comarca de Búzios, descreve o caos, antes de opinar pelo fechamento de hotéis, pousadas, bares e lojas, além de mandar que todos os turistas saiam do município em até 72 horas e de proibir a permanência nas praias. O EXTRA apurou que o magistrado fez pessoalmente uma inspeção para saber se o termo de ajustamento de conduta (TAC), assinado pelo município com a Defensoria, estava sendo cumprido. A prefeitura está recorrendo da decisão. Moradores e empresários protestaram contra o lockdown em frente ao fórum da cidade nesta quinta-feira.
“Em uma semana epidemiológica de outubro de 2020, tinha-se uma dúzia de novos casos para quase uma dúzia de leitos de UTI alegadamente disponíveis. Em uma semana epidemiológica de dezembro de 2020, às vésperas das comemorações de Natal e de réveillon, tem-se 453 novos casos para a mesma ‘quase-dúzia’ de leitos de UTI alegadamente disponíveis”, escreveu o juiz na sua decisão.
Na verdade, Búzios não conta com nenhuma UTI na acepção completa do que deve ser uma unidade de terapia intensiva. Lá, há algumas vagas com respiradores para pacientes de Covid-19, mas casos complexos da doença exigem mais recursos médicos. A prefeitura informou que tem 17 leitos, sendo 12 deles de Unidades Intermediárias com respiradores
Ponto de Vista: Muito complicado! Levando-se por este raciocínio, a cidade de Búzios está numa situação difícil. Desta forma, os números de óbitos aumentarão.
Drykarretada!