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Brasil

Seria “bão”. Por que eu quero que Lewandowski tome a vacina???

Até poderíamos perguntar se, em 48 horas, o ministro conseguiria explicar por que ajudou Dilma a se livrar da inelegibilidade.

Publicada em 14/12/20 às 08:20h - 130 visualizações

Drika Arretada - A Notícia como deve ser/Silvio Navarro


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Ali promotora.

Seria “bão”. Por que eu quero que Lewandowski tome a vacina???
 (Foto: Desconhecido! )
Em julho deste ano, quando o Brasil assustado ainda tentava saber como iria se virar ante uma crise sem precedentes, o colunista de necrotério da Folha de S.Paulo Hélio Schwartsman escreveu um artigo intitulado “Por que eu quero que Bolsonaro morra”. Dizia ele: “Jair Bolsonaro está com Covid-19. Torço para que o quadro se agrave e ele morra. Nada pessoal”. Meses depois, o mesmo autor desejou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não voltasse da covid-19: “Por que torço para que Trump não se recupere”, era a manchete. “Seria hipocrisia dizer que desejo melhoras se não desejo e tenho motivos para isso”, completou o coveiro da página 2. Não sei se ele acredita em Deus, se é religioso ou não, se havia brigado com a NET ao telefone naquela noite ou se foram simplesmente as sinapses há muito tempo fora do lugar numa cabeça ultrapassada pelos dias — o comunismo não deu certo, Hélio.
O fato é que ao descortinar de vez sua mão canhota no editorial deste domingo (ontem) — aliás, entre outros colunistas,  alguns alpinistas de Natal que estão sempre em busca dos seguidores “meio intelectuais, meio de esquerda” perdidos nas redes sociais –, o jornal usou termos como “estupidez assassina”, “genocida” e “descaso homicida”. Não tenho memória de tamanha adjetivação contra um governo desde o impeachment de Fernando Collor de Mello nos grandes jornais — à época, a própria Folha estampou um editorial histórico em sua capa. Mas o que mais me chamou a atenção foi o uso do dicionário para buscar um adjetivo que nos faltava nas páginas: “apalermado”.
É com esse adjetivo que os portais de notícias deveriam lembrar do ministro apalermado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski neste domingo. Numa de suas tantas diabruras, ele estipulou prazo de 48 horas para o governo federal anunciar as datas de vacinação de um imunizante que ainda não foi sequer liberado/registrado — não entrarei no mérito da eficácia nem da testagem na fase 3.
Até poderíamos perguntar se em 48 horas o ministro conseguiria, enfim, explicar por que ajudou Dilma Rousseff a se livrar da inelegibilidade durante o processo de impeachment, detalhar sua relação com a ex-primeira-dama Marisa Letícia que o levou à toga, sua dezena de votos revisores em benefício dos mensaleiros. Ou — até parece que foi ontem — por que achava que Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre deveriam permanecer nas cadeiras de comando do Congresso Nacional à revelia da Constituição.
Então, por que eu quero que Lewandowski tome a vacina já? Para que — vacinado —  quem sabe ele pare, definitivamente, de falar bobagens.

Ponto de Vista: Este idoso jurídico é terrível. Falta só varrer a frente da sua casa todos os dias pela manhã; se é que me entendem.

Drykarretada!



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